domingo, 25 de setembro de 2011

EUA (Nina) - 01

   Estou morando há um mês em Chicago - Illinois, no Centro-Oeste dos Estados Unidos da América. Se tem um fator que me inspirou a querer vir para Chicago, é o que a cidade representa. O berço do blues, do jazz, uma das maiores cidades dos Estados Unidos com tanta conexão com as artes cênicas e sem a insegurança e correria de uma cidade maior, como Nova Iorque. E sendo do jeito que sou, não poderia escolher uma cidade melhor.
  Claro que todos conhecem bem o costume americano de porções gigantesticas em fast-foods, ultra-patriotismo, etc. e eu era intrigada pela idéia de que as escolas públicas americanas seriam exatamente como os filmes e seriados que tanto assisto no Brasil. Confesso que até o momento, ainda não consegui me decidir se a escola em que estudo é, ou não é um filme americano. Fora minhas aulas de exatas, linguagens e humanas, tenho aulas de teatro, canto, dança e entrei para o time das líderes-de-torcida, então tenho uma imagem bem diversificada da escola. A maior parte do tempo, os estudantes, professores e situações fazem você se sentir, sim, como se estivesse vivendo um roteiro de cinema. Mas ao mesmo tempo, você percebe que a hierarquia escolar que é pintada no cenário hollywoodiano (os atletas são valentões, as líderes-de-torcida mandam em tudo na escola e todo mundo as odeia, os punks e góticos e nerds não valem nada, etc) não é nada parecido com o que realmente acontece na escola. - Primeiramente, nos filmes e seriados, os alunos nunca tem aula. Eles passam horas e horas nos corredores conversando ou no almoço cantando/dançando em cima das mesas.
   Chicago tem uma diversidade cultural tão grande que as pessoas se assustam ao saber que eu sou uma intercambista. É tão comum ver pessoas que falam línguas diferentes, raças diferentes andando e conversando pela escola, que mais uma aluna com sotaque não é grande surpresa. Talvez por isso, fui muito bem recebida na escola. E desde o primeiro dia de aula, já tinha amigos para me ajudar quando (sempre) me perdia nos corredores tentando achar minha próxima aula.

Escrito por:
Nina Hiraoka: Twitter Facebook

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